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“O NOSSO PRINCIPAL OBJETIVO É CONTINUAR A FORMAR JOVENS TALENTOS”

Entrevistados:

João Matias, ciclista profissional e vice-presidente da ACR Roriz;

Hélder Braga, treinador e diretor desportivo da ACR Roriz;

PORTUGAL SPORT: Como é que surgiu a Associação Cultural e Recreativa de Roriz?

JOÃO MATIAS: Começamos há quase 32 anos com teatro e atividades culturais típicas do Minho, como as segadas do milho e do centeio. O ciclismo surgiu mais tarde por intermédio do meu pai, o Professor António Matias, que por ser apaixonado pela modalidade decidiu criar um clube de cicloturismo e, anos depois, a escola de ciclismo.

PS: Atualmente quantos atletas têm?

JM: Hoje em dia temos cerca de 60 atletas. Temos crescido tanto em número de atletas, como de vertentes e provas nacionais e internacionais.

PS: Em que vertentes é que se focam?

HÉLDER BRAGA: O nosso principal foco é a vertente estrada, mas temos também BTT, pista e, no inverno, ciclocross. Atualmente promovemos as vertentes que mais se praticam em Portugal.

PS: O clube também aposta nos escalões de formação?

HB: Sim, temos todos os escalões de formação até aos juniores. Competimos em provas regionais, nacionais e internacionais. Por ano, são cerca de 90 dias de competição, o que corresponde a muitas provas. Há fins de semana em que temos mais do que um evento.

PS: O João Matias, tendo feito formação na ACR Roriz, sente que é visto pelos mais novos como um exemplo?

JM: Normalmente, a equipa do Roriz também participa nos Campeonatos Nacionais de Ciclismo de Pista. E, embora eu corra no escalão máximo, gosto de ver os meus pupilos competir. Quando acabo uma corrida vêm sempre ter comigo e noto realmente que sou uma referência para eles, o que me deixa muito orgulhoso.

PS: Conseguem ter as condições necessárias para treinar?

HB: Para os atletas mais novos temos uma zona, cedida pelo município, em que é possível eles treinarem de forma segura. Os cadetes e os juniores treinam essencialmente na via pública.

A criação de um velódromo, que lhes permita treinar em segurança e com melhores condições, é uma ideia que temos vindo a discutir com instituições locais. No entanto, ainda não passa de um sonho.

PS: Que objetivos traçaram para o futuro?

HB: O nosso principal objetivo é continuar a formar jovens talentos. A nível de juniores, temos condições de referência nacional, com uma estrutura personalizada, para que eles consigam estar bem preparados quando chegam aos sub-23 e às equipas profissionais.

JM: Com esta aposta nos juniores criamos uma equipa maior e mais competitiva. Já lançamos cerca de 15 atletas para o ciclismo profissional, sendo que a escola é atualmente uma referência neste aspeto.

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