Resiliência no ADN do OCB
O Óquei Clube de Barcelos terá sido registado na década de 40 sem o “h” devido a um erro de um funcionário público. Uma letra esquecida que acabou por se tornar imagem de marca de um clube que em 1986 subiu à 1ª Divisão de Hóquei em Patins e onde permanece até hoje.
Fundado na cidade minhota que lhe dá nome, o OCB conta com um orçamento anual de cerca de 400 mil euros e uma visibilidade conquistada com a ambição e os resultados alcançados ao longo dos anos.
A aposta na equipa principal e na formação são as prioridades da direção para os próximos anos.
Na década de 80 a cidade de Barcelos acordou para o Hóquei Patins, em1982, Barcelos é a chamada “CATEDRAL” do hóquei em patins português, onde se realizou o Campeonato do Mundo da modalidade, que Portugal venceu pela 12º vez.
Ano 2014, O.C. Barcelos volta a estar na ribalta do hóquei nacional e europeu, aonde até hoje tem ganho diversos títulos a nível nacional e Internacional, que ate as datas orgulham os barcelenses e sobretudo os amantes do hóquei em patins, conforme comprova os excelentes palmarés de títulos conquistados.
Na época 2019/20 o OC Barcelos começou o campeonato com um excelente desempenho, contando com os regressos Luís Querido e de Alvarinho, chegando ao fim da primeira volta de forma surpreendente, como líder isolado. No entanto o campeonato viria a ser considerado nulo devido aos avanços pandemia.
EM 2020 Paulo Mendanha assume o cargo de presidente do Óquei Clube de Barcelos, para o triénio 2020/2023. O empresário de 48 anos dá continuidade ao projeto da direção anterior, tendo como meta dar seu melhor juntamente com restantes elementos da sua direção, para dar muitas alegrias aos Barcelenses simpatizantes do O.C.Barcelos
Em 2021, o OC Barcelos venceu a Elite Cup ao bater o FC Porto na final.
Em 2022, o OC Barcelos foi finalista vencido na 1ª GOLDEN CUP ao perder na final com o Benfica.
A Portugal Sport deslocou-se ao OC Barcelos, poucos dias depois de conhecido o castigo aplicado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Patinagem. A tensão era, ainda, evidente. O sentimento de injustiça sobressaía quando se evocava o castigo, mais pesado, a derrota por 10-0 na deslocação à Oliveirense, em dezembro de 2021, numa partida referente à 12ª jornada do campeonato nacional. A decisão levou à queda de dois lugares na tabela classificativa, a três jornadas do fim da fase regular. “ O que estão a fazer ao Óquei de Barcelos e ao hóquei nacional é injusto. A modalidade não beneficia nada com este tipo de decisões, antes pelo contrário. Isto acaba por criar problemas que podiam ser evitados” defende o presidente Paulo Mendanha.
O OC Barcelosque foi, também, castigado com dois jogos à porta fechada e uma multa no valor de cerca de 3 mil euros já recorreu da decisão cujo impacto junto dos jogadores, a direção tem procurado minimizar. “Espero que a nível psicológico isto não afete os jogadores. Estamos a fazer tudo para que isso não aconteça. Procurei tranquilizá-los durante uma reunião que tive com eles e com a equipa técnica depois de conhecida a notícia. A eles compete-lhes fazer o que de melhor sabem, ou seja, jogar hóquei em patins e à direção defender os interesses do clube. E vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que a verdade seja apurada”, garante o dirigente.
Mendanha estranha o facto de o castigo ter sido aplicado à equipa visitante, na altura à frente do marcador, e justificada com distúrbios ocorridos nas bancadas do Pavilhão Dr. Salvador Machado. O presidente considera que os desacatos podiam ter sido evitados. “Nós temos um orçamento anual para segurança de cerca de 30 mil euros. Posso garantir que não fazemos qualquer jogo, mesmo que não seja de risco, com menos de 12 a 15 stewarts e 20 a 25 polícias. Neste aspeto não facilito. As condições de segurança estão sempre presentes mesmo que não sejam jogos de risco”, conclui.
Futuro do Óquei Clube de Barcelos assenta nas camadas jovens
Natural de Lisboa, Carlos Silva passou pelo Clube Atlético de Campo de Ourique e pelo Sporting Clube de Portugal, entre outros, antes de chegar ao OC Barcelos. O antigo jogador que em 1976 foi campeão da Europa vive há 38 anos na cidade minhota pela qual se apaixonou. Ao longo dos anos treinou várias equipas, hoje é o coordenador desportivo das camadas jovens do Óquei Clube de Barcelos.
O antigo jogador considera que a adesão do público, em Barcelos, tem sido determinante para o sucesso do clube. “Recordo-me de o pavilhão estar sempre cheio. Fui jogador e lembro-me de vir para o aquecimento e de já não caber mais ninguém aqui dentro. Isso ajudou a colocar o hóquei num patamar mais elevado.” Na 1ª Divisão de Hóquei em Patins há mais de três décadas, o OCB soma cerca de duas dezenas de títulos nacionais e internacionais. Um percurso que não é alheio à aposta feita nas camadas jovens. “Vem tudo da formação. Queremos lutar pelos títulos, mas o mais importante é vermos, dentro de alguns anos, jogadores da formação na equipa principal” acrescenta o presidente do clube.
Carlos Silva lembra que o OCB chegou a ter “seis ou sete” jogadores da formação na equipa de seniores. Hoje tem cinco. “Continuamos a ter na equipa principal jogadores formados no clube, mas temos de manter esse nível. É nesse sentido que estamos a trabalhar”, garante.
O Óquei Clube de Barcelos conta, atualmente, com cerca de 120 atletas e oito equipas de diferentes escalões, duas (de sub-17 e de sub-19) no campeonato nacional. Um dos objetivos traçados para a próxima época passa por levar todos os escalões de competição aos Nacionais.
Apesar das dificuldades criadas pela pandemia, o OCB conseguiu manter o número de atletas inscritos. “Estes anos foram difíceis. Houve uma paragem porque não se podia treinar durante o confinamento, mas logo em que abria voltávamos para evitar que os miúdos desistissem. É importante lembrar que andamos quase dois anos a treinar com algumas paragens. Conseguimos ultrapassar essa situação, apesar das dificuldades, sem perder miúdos”, acrescenta Carlos Silva.
O coordenador desportivo destaca o comportamento exemplar dos pais na gestão da pandemia. “Conseguimos passar a primeira fase da Covid-19 até à Ómicron sem ter miúdos infetados. Com a nova variante foi diferente. Houve quase uma razia e passou por praticamente todos os atletas. Isso obrigou-nos a alterar jogos de uma hora para a outra. Conseguimos ultrapassar essa fase, a única coisa que se perdeu foi a competição.”