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“Mantivemos 90% do plantel”

Entrevista ao treinador do Portimonense Carlos Almeida

Portugal Sport – As modalidades atravessam um período de forte irregularidade por via da pandemia. De que forma a equipa principal do Portimonense sentiu na pele as consequências da propagação do vírus e de que forma conseguiram ainda assim fazer uma época de bastante sucesso, com um título alcançado?

Carlos Almeida – Não fizemos nada de diferente em relação a outras equipas. E a primeira paragem derivada da COVID-19 foi diferente do que se passou este ano. Em 2020 basicamente não fizemos nada, a época já estava acabar. Na segunda época, já conseguimos minimizar as perdas desportivas. Mesmo na formação chegamos a dar treinos todos os dias, online, com coisas que se podiam fazer em casa. Tivemos treinadores que também fizeram treinos teóricos. Tínhamos também um treino físico aberto e disponível todos os atletas.

Nos seniores, também tivemos treinos online e cada um treinava por si em casa. Quando voltamos a competir, os jogos aconteceram de forma muito irregular. Tivemos a formação cancelada em termos de jogos. Tivemos um inicio de época no seniores adiada, para mais tarde fazermos 10 jogos num mês com apenas uma semana de treinos. Como eram muitos jogos seguidos, as coisas correram, bem, a equipa acreditou, ganhou animo e fizemos uma bela temporada.

PS – Onde é que se deu o click, para conseguirem alcançar a subida?

CA – O click deu-se no jogo dos playoffs. Era só um jogo, os campeonatos foram alterados por causa da COVID-19. E tínhamos de ganhar um jogo de playoff para ir à final four. Estávamos com 10 jogos nas pernas, a equipa estava com dificuldades para perceber se ia ter capacidade para passar. Foi um momento psicologicamente duro, mas ao passar-mos à final four percebemos que tudo podia acontecer e foi o momento chave para acreditarmos na segunda divisão.

PS – O plantel que compete na Proliga é o mesmo da temporada passada?

CA– Mantivemos 90% do plantel. Temos muitos portugueses, metade da equipa é formada no Portimonense. Temos mas um atleta do Algarve e depois temos seis jogadores de fora. Achamos que esta equipa tem capacidade para jogar na ProLiga, por isso com um reforço ou outro, mantivemos a espinha dorsal.

PS – Quais são as expetativas do Portimonense nesta época de estreia na Proliga?

CA – Este ano queremos a manutenção. Estabilizar o clube na Proliga, para depois no futuro conseguirmos sonhar com algo mais. Vai ser um campeonato muito equilibrado, há duas ou três equipas que se destacam dos demais. Tudo pode acontecer. Na pré-épocas demos boas indicações que conseguimos chegar a manutenção.

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